O discurso de posse de Obama

                                                                               

obama-ii1              Não assisti à transmissão ao vivo do discurso de Obama. Vi apenas algumas cenas editadas; porém, de todas as palavras do 44º Presidente americano, considero estas as mais fortes:

                

                    “Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com que nos deparamos podem ser novos. Mas aqueles valores dos quais nosso sucesso depende – trabalho duro e honestidade, coragem e justiça, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo–, essas coisas são antigas. Essas coisas são verdadeiras. Elas têm sido a força silenciosa do progresso ao longo de nossa história. O que se exige, então, é um retorno a essas verdades. O que se pede a nós agora é uma nova era de responsabilidade –um reconhecimento, por parte de cada americano, de que temos deveres para conosco, nosso país e o mundo; deveres que não aceitamos com rancor, mas que recebemos com gratidão, firmes na certeza de que não há nada tão satisfatório para nosso espírito, nada tão definidor de nosso caráter quanto entregarmos tudo de nós mesmos a uma tarefa difícil. (Obama, 20/01/2009)”

                    Aliás, também não posso deixar de registrar que, ao dizer que “escolhemos a esperança no lugar do medo” em outra parte de seu discurso de posse, Obama quase repetiu uma velha frase de Lula, dita quando assumiu a Presidência em 2003: “a esperança venceu o medo”.

                     Apesar da brilhante oratória, do carisma e do contagiante espírito de liderança, Obama encontrará um velho sistema político e econômico que tolherá grande parte de seu ímpeto de mudanças. Por isso, a euforia dos palanques cederá diante realidade dos gabinetes.

1 Responses to O discurso de posse de Obama

  1. Gustavo Henn disse:

    Grande post. É inevitável comparar Obama a Lula no quesito esperança. E com certeza o redator de Obama se inspirou nos discursos de Lula. Mas a questão agora é ver se Obama vai ter peito para cumprir o que prometeu, especialmente na parte que nos interessa que é quanto à política internacional. Se ele acabar com Guantanamo e sair do Iraque, já é algum avanço. No mais, os poderes nos EUA não são tão interdependentes como são aqui, então acredito que ele terá mais facilidade para fazer o que tiver que ser feito.

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